sábado, 11 de junho de 2011

Sétimo Céu

Amor que sempre cortejei,
Sonhei com o teu beijo doce de mel...
No sétimo céu desejei estar contigo,
Enamorado e muito mais que um amigo.

Paixão que outrora almejei,
Pensei!
Te amar não é nenhum perigo...
Por você eu rasgo o véu,
Ouça bem meu amor o que te digo!
Se precisar, por ti vou até o sétimo céu...

É, eu vou além de tudo isto,
Pra te namorar enfrento qualquer abismo...
Ora meu bem!
Ninguém te amou como eu te amei
Sonhar sonhei, meu prazer é estar contigo.

E lá no céu que os anjos digam amém!
Pra validar o bem querer de todo nosso amor...
Minha paixão é por isto que te digo;
É como um dia eu sonhei,
Te amar não é nenhum perigo...
Só a solidão sem a luz do teu sorriso
Para mim vira castigo.


Cesar Moura



sábado, 4 de junho de 2011


Crenças

Se Deus é Ala?
Fala à seus súditos a paz...
Apascenta teu santo amor
Para que as guerras santas
Não causem tanta dor.

Porque nos servem cabeças na bandeja
Para purificar a humanidade deste louco siso?
Haja quantas crenças houver,
Se ainda existir o amanhã
Que seja nossa fé somente o amor.

À olhar para o céu percebo a grandeza do criador,
Quando olho para alguém, eu me vejo!
E vejo também a semelhança do Nosso Senhor...
Seja Ala ou Deus, Ele é nós e nós somos Ele.

Quando um homem fere a outro homem,
Fere também a este que o criou.

Seja a vossa fé pagã, islã ou cristã...
Não importa mais as nossas crenças!
A uma força maior que faz toda diferença;
Que não mata crianças,
Não destrói vidas inocentes,
Há um poder que esta acima de toda ciência, o amor!
Capacidade que só faculta ao homem
E o coloca ente o criador.

Seja Deus ou Ala,
Semeie a paz, e veja o triunfar do amor.

Cesar Moura



Silêncio
...

Calei-me por mérito ao silêncio,
Pois no que penso, é melhor me calar...
Palavras parecem não valer mais nada,
Basta dar uma olhada para o mundo
E ver que tudo isso não passa de conversa fiada,
Não existe amor!

Olhei triste da minha sacada
E vi o rancor tomar conta desta vida cruel,
Senti na pele que a alma inútil, se consome em fel.

Doeu o martírio pregado pela insurreição
O perdão morreu mais cedo nas mãos do vil opressor,
A lei do olho por olho, dente por dente
Deixa na mão o pacificador.

Não existem palavras perfeitas
Para vencer este hostil sentimento,
Todo mal julgamento precipita as notícias
Frente ao espectador,
E na ânsia de conhecer a justiça,
Torna-se tão cego e banguela
Que chega a chorar!


Cesar Moura


Flagelo

Sussurro meas palavras no enclave da minha dor
Não adianta ouvir esta melodia triste de amor...
De que me serve refletir nesta poesia
À luz do meio dia, ou seja quando for...

Urro meu argumento
Ungüento com cheiro de flor,
Flácido elemento minha covardia
Detona-me todo rancor.

Esmurro minha face
E o sangue que desce parece com licor,
O meu flagelo é elo retorcido
Por ver tão belo este ego sonhador.

Se desfaz em vão o lado bom deste castelo
E perdido, eu já nem sei quem sou...
Serei minha vergonha, ou uma mentira bem contada,
Em que até eu mesmo acreditei?

Não sei!

Enfim, vejo no silêncio a minha alma
Vestida de fantasia nesta epopéia,
A odisséia desgarrada de um pobre sonhador.


Cesar Moura




Fissura

Sei que tudo isto parece loucura
Mas o amor para mim é a cura,
É curva à luz do tempo...
Envolve mais que os sentimentos.

Eu estou nas alturas,
À procura do meu bom momento...
E meu pensamento é forte!
Com sorte vou prosseguir vencendo este lamento.

Pois todo tormento não passa de fissura,
Aventura de um sonhador...
Choro minha dor maior
Naufragado no amor,
Sofro meu desfalecer!

Sigo a beleza da paixão
Sem compaixão, sem compreeder...
Da areia sou um grão,
E por isto é meio difícil de me ver.

Vivo o drama comparado a uma flor
Que, quando perde sua cor,
Perde também o sentido de viver.

Se existir, consiste em abrigo pra solidão,
Eu renuncio à esta posição!
Quero viver estrela,
Ser tão belo e divinal...

Lá no céu o meu sonho astral,
Seguirei minha anônima jornada
Admirando cada olhar,
Servi-me e ser estrela;
Até que me seja a vida paz... Pura constelação.

Cesar Moura




Transparência

Não te vejo...
Nem é como desejo,
Não reflete em mim
Assim meio perplexo.

Desconheço teu reflexo,
Só desculpas por engano,
Sem ensejo...

Pra sua ciência, é só engano...
Fulano cita já sua mentira;
Transparente só por que ninguém te vê?
Nem aqui no plenário,
Nem n'outro cenário,
Só no noticiário da TV.

É assim que te vejo;
Fantasma, asma e bronquite...
Engasgo na sua transparência.

Cesar Moura


Intolerância

Ódio pra que te quero?
Se ócio vazio destruição!
Vã, só lamente como talibã...
Vejo amanhã tão diferente
Na mente paz seu talismã.

Amor versa o confronto
Agora e pronto, amor é mais amor...
Ódio, ébrio enlouquecido
Versão perdida na dor vilã.

À frio sentido e grosso modo,
O néscio sócio-pata quando não mata fere...
Veja os tiros de sua vingança,
Das alianças com as lanças do mal.

Nas hastes d'um coração sofrido
Sangra a intolerância ordinária;
Quando a sábia consciência se perde otária,
Vai neste mundo à forra apenas por destruição...
Então, que seja a paz suave para nós simples hortelã.


Cesar Moura


Braille







Quando o dia tocar no chão,
Meus passos firmes seguirão...

Meu mundo braille melodia,
À cada tato doce visão.

Luz que se reflete imaginário,
Sou do cenário o confuso ser...

Galgo a vida sinfonia,
Via de dor que transita o prazer.

Quanto lamento saber de mim sem reflexo,
Complexo da sina regente de todo sofrer.

Cego à luz deste mundo,
No fundo, mesmo sem saber...
Quero somente viver meu destino.

Cesar Moura

Saracura Vai Vai


SARACURA VAI VAI



Bixiga nasci para você

Vai Vai no meu coração

Saracura de toda paixão

Na avenida é só emoção





Bixiga palco de alegria e dor

Nunca esqueci de você

Vai Vai com todo prazer

Saracura é puro amor

Na avenida alvinegro é de cor





Bixiga o que mais posso dizer?

Vai Vai para sempre morar

Nas glórias que você escreveu

Saracura do negro Tadeu

Na avenida o seu grito ecoou!

A sua história foi escrita com muito amor



Bela Vista a dizer-te no samba

Da poesia é nosso refrão.





César Moura.

Fobia

Fobia

Outra vez sem nexo...
Sexo não tem lei!
Sei deste pretexto,
O eixo da confusão,
Homem é homem e não crie trejeitos;
Não recrimine sua paixão.

A liberdade perde o sentido
Se for pervertida toda razão,
Nossa alma é mais que um mero corpo nú...
Toda vergonha tem seu motivo
Ativo de compaixão.

Tenho dó destas meninas que perderam o senso
No lenço de uma ilusão,
Criaram suas fantasias quase insexto desejo.
Só falta dormir irmão com irmão.

Não tema por quanto a fobia
O rejeito da estranha opção,
Seja suave a poesia
No direito de expor minha expressão.

Moral é o certo acima do errado,
O mal nunca vencerá a razão.

Cesar Moura

Elfos


Elfos

Segue nórdica esta história
O elfo na saga de amar...
Mesmo quando tão brilhante,
No instante que tende a chorar,
Vagalume no ar, amor... Por você sou de luz!
Safrício de cruz, ardor em qualquer lugar.

Valar, por seu amor eterno
Sentiu a paixão bem no ar...
A ninfa pelo bom apreço,
Entregou-se sob a luz do luar.

Nesta obra entre seres encantados
Que habitam o fogo, a terra, a água e o ar
Mistificam Shakespeare no olhar,
Na obra que faz da poesia palco para iluminar.

Clara ametista, divina!
Ilumina de amor nosso ser...
Tens o poder clara luz
De encantar com paixão quem te vê.

Afim de ter contigo todo prazer,
No intimo leito, nossa forma natural...
Venço a cada dia o meu mal,
Para deleitar-me de amor com você.

Cesar Moura






Paradoxo




Paradoxo


Carrego minha bandeira,
Ainda assim não sou normal...
Se com isto digo besteira,
É porque vivo o bem sendo mal.

Sigo meu paradoxo,
Ortodoxo transcendental...
Rígido por brincadeira,
Queria apenas ser original.

A vida não é um mar de flores...
Viver tem seus dissabores,
Então vivo o meu bom astral.

É tão bom dizer-me aos versos
Sendo menor do que pareço ser,
Pois, a humildade para mim é força vital.


Cesar Moura



domingo, 8 de maio de 2011

Mãe Fonte De Amor




Mãe Fonte De Amor

Madre mulher
Mãe genitora
Fonte de amor
Dor pelo filho que chora
Chora a mãe pelo filho que foi
Ao romper d'aurora
O teu cheiro é suave de flor.

O seio que amamenta a criança
Também acalenta de amor
Mamãe é ser tudo na vida
Só o teu colo apazigua na hora da dor.

Lembra do primeiro dia na escola
Foi você que encorajou
Esta pobre criança que só se sentia segura
Em teus braços de amor.

Mãe os teus dias são para sempre
Mesmo que não esteja aqui minha mãe
Sou filho da tua esperança
Que um dia com coragem içou.

Aprendi a ser valente por justiça
Porque você assim me ensinou
Mulher da minha vida, minha amiga
Agradeço por todo o seu amor!

Mãe, minha querida mamãe.


Cesar Moura

domingo, 1 de maio de 2011

Abadia





Abadia

Prior regente do amor
Perdeu-se em ironia
Vencido pela dor,
Ao ver por arcaico modo
O destino da paixão.

Vencido pelo cansaço
O abade pois os pés no chão,
Quisera acreditar nesta fantasia
Que vestira a ilusão...

Precisou pintar de lorde
Nesta côrte o menestrel,
Não foi preciso desafiar à espada um dragão
Pela mão de uma princesa,
Bastou somente a realeza em vestes pompa
Para consagrar esta fábula na união!

Mas na abadia desfilou toda a congregação
No tapete vermelho da alta moda
Só por caviar e ostentação.

Vi no olhar do pobre súdito
Que desejava o confessor à confessar o seu amor
Por esta nata de toda nobreza,
Que ao pensar no desprezo que tem pela ralé,
Que só de doer já é pecar.

Cesar Moura





Bullying







Bullying

Trauma na alma ferida
No corpo atingido
Tangido por dor e aversão.

Nada é ser como ninguém
Quando alguém maltratado
É sempre vingado pela solidão.

Nos olhos aguados
Sentimento magoado
Num só desatino
Neste destino sendo pior que aberração.

Imagem feito piada...
É só gargalhada na humilhação.

Talvez bulindo um amigo
Bullying inimigo
Gesto desprezível
Não vale o artigo
Não vale um vintém!
Quem gosta que viva o seu próprio castigo,
Instigo o forte, ser pelo mais fraco
No bem que o faz só por compaixão.

Cesar Moura







sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tonante






Tonante

Nada haver na minha visão
Seria mais cego na tocante paixão
Ao olhar para trás e esquecer
Que andar para frente é viver.

Nada haver na minha mão
Se tonante aderisse a esta canção
Viveria melhor o amor
E quem me dera fosse maior o prazer,
Sou todo feito refrão
Estrofes e linhas de dor.

Estou cansado de tanto sofrer
Até pedi perdão para Deus
Só pra receber os seus cuidados em mim
E caminhar com as bençãos do céu.

O véu cobriu meu jardim
Com lírios brancos de paz.

E agora me faço tenor pra solar o amor
Ouvindo anjos à cantar com vigor...
Sou renascido na esperança,
Nesta dança pela vida sou apenas tenaz.

Cesar Moura


Estudante







Estudante

Soube paz do nosso amor?
Foi além de toda essa dor
De rasteira a vida se foi...

Deu bobeira o rancor,
Arrancou nossa flor do jardim
Nada mais será como foi...

Se foi nossa flor!
Nesta flor tinha amor e poder,
O poder de amar e sonhar sem morrer.

Nossa flor!
Você se foi como um sonho na alvorada
E ao acordar pela manhã e não te ver
É melhor nem acordar!

Foi uma sacada só,
Numa rajada ao vento...
Nem deu tempo de te dizer adeus.

Deus é tão bom,
Que se teu corpo se deflaga pelo chão
A tua alma flagra... Está no coração do Pai.

Não sinta frio e medo,
Cedo quando acordar lembrarei de ti
Como um estudante que decorou a lição.

Foi cedo sim, assim sem se despedir de mim...
Mais saiba que nunca será tarde para amar você
Pois verdadeiramente os bons nunca morrem
Vivem para sempre mesmo depois da morte.

Cesar Moura




Excelentíssimo

"Excelentíssimo"

Sem ovacionar o teu nome
Sem vaiar o teu sobrenome
Se esvair sem ter o seu pronome
Não há de haver super homem.

Hão de existir os teus feitos
De resistir os teus fatos
No ato de lutar contra a morte
Num brado de honra escreveu sua história
Terminando sua vida em glória

São estas as tuas palavras;
"Não tenho medo da morte,
Tenho medo da desonra."
Pois quem tem honra nunca morre
E quem vive na desonra, já esta morto mesmo em vida.

Homem que tem sobrenome
Vive eterno o seu nome
No pronome que antecede ao "Sr Excelentíssimo" a merecida glória!


Cesar Moura







Flerte





Flerte

Humanidade,
Quem flerta com o mal
Torna-se pior que ele
No que incide em criar toda desordem.

Ah! descobrimos o poder do fogo
E com ele as chamas da aniquilação,
Nossa inteligência indulgente
Cobra à ferro quente o preço de nossa loucura.

Humanidade seja coerente,
Não indiferente a toda esta diferença entre todos nós
Somos um em tantos,
Que acabamos sendo únicos no universo...
Nunca odeie o que você não entende.

Tornamo-nos a cada dia mais sábios
Dominantes nos aspectos da ciência,
Deficientes em nossa cega loucura de ambição...

Não critico o homem por me ver assim,
Somos um acidente da natureza que deu certo -
Mas, até onde...
Até ontem, talvez somente até hoje.

O mal existe!
E não é com exorcismo e religião que se vence ele,
O amor é o absoluto senso da razão humana;
Quando somos incapazes de amar
Aí nossa inteligência torna-se um perigo...
Pois digo, o maior poder do homem é invisível!

Naquilo que flerta a humanidade
Resultará a sua própria sorte.
Acredite!
Ainda não vimos tudo do que somos capazes.

Cesar Moura


Anjo





Anjo

Nunca mais outra vez...
Sentirei no ar o desejo meu ser feliz então
O amor que sonhei acabou em vão,
Não vingou como reguei
Entre as sementes de flor plantadas no meu coração.

Maltratado arreguei pra não chorar de dor
Pois o anjo lindo que me apareceu voou pra bem longe daqui
Levando consigo todo o desejo contido na minha paixão,
Nunca mais outra vez...

Cesar Moura


Jeus Cristo






Jesus Cristo

Muito se fala sobre o Senhor,
Mas nada é comparável ao seu amor
A coroa de espinhos cravada em sua testa
Atesta a dor que suportou no seu labor.

Jesus Cristo filho de Davi,
Tenha compaixão de mim
És o meu rei e também Senhor.

O galo cantou por três vezes
E foste negado na solidão,
Foi escarnecido pela multidão.

Recebeu o castigo que nos trouxe a paz,
O teu sofrimento é a comunhão
De um novo testamento para a nossa fé.

O Cristo crucificado como rei
Em meio a ladrões...
Entre tantos corações corrompidos pela maldade,
Olhou para o céu e orou a Deus;
Pai perdoa-lhes pois não sabem o que fazem.

Foram muitos os seus milagres nesta vida
Mas nada é maior que o seu perdão...

Viva Cristo em cada um de nós
Para todo sempre na Paz do Senhor,
Amém!

Cesar Moura




Calicatura


Caricatura

Eu me vi de espantalho,
Quebra um galho se eu nada sou...
Talvez um inerente,
Eloquente e nenhum doutor.
Há quem goste deste meu jeito;
Do palhaço sofredor.
Dão risada da minha desgraça,
Se caio na rua, risos pra cassoar de mim - ah, ha ha ha!
Mas, derrepente nem ligo pra isto
Tendo em vista, sou o que sou...
Vejo-me no espelho sem ter problemas com meu ego,
Ou com o meu lado emocional.
Não adianta confundir a minha mente,
Palavras difíceis não vão me persuadir!
Quando olho para a sombra na parede,
Sei quem sou...
E daí, se todos os passos que dei foram errantes!
Num instante acordei pra realidade...
Tive medo de cair e não mais me levantar.
A vergonha deste meu estado inanimado,
Mostrou-me o outro lado que eu não queria ver...
Vivi minha calicatura
Na aventura do meu doce ser
Como quem cria um personagem
Para vencer o medo de viver.

Agora, só preciso prosseguir e redesenhar o meu ser...
Desdenha quem assim quiser.


Cesar Moura



Antimatéria

Antimatéria


Vida, circulo das dores
Trás flores para ornamentar
Porque no desabrochar de muitas cores
Vida, és tu um jardim.
No que seja o bem silvestre,
Encanta por seu enaltecer...

Vida de sonhos tornado em pesadelos
No sofrer entre lágrimas e dissabores,
Vida requer sempre mais amor.

Vida, faz de mim prezado ser,
À me ver o seu contrário antimatéria
Séria se desfaz no teu ruir...

Gira mundo com todo universo
No reverso de toda criação...
Vida em torno do buraco negro
Segue o contorno da morte e extinção.

Luz que se reflete vida,
Caminha rumo a escuridão...
E, não há alma que escape desta,
Do fim que não é mera sugestão.

Vive a sentença alfa,
O omega de todo ponto final...
Vida desempenhando seu papel,
Nesta via sempre tão sinuosa
Segue ida nesta dimensão por expansão,
Até que a morte venha te sugar...


Cesar Moura

sábado, 19 de março de 2011






Castas

Basta!
Chega desta vida entre castas
Homem, casto seja só o teu amor
Puro e sincero, é assim que te quero.

Vasta evolua sempre a vida sem se olhar inferior...
Basta tão somente olhar para os outros
E verá o seu interior.

Busca o sentimento de inocência
Por toda castidade puro e imaculado
E será nossa eternidade pura em compaixão.

Marcha sem segregação, sem preconceitos...
Sendo todos iguais por direito.

Basta este legado;
A maior faculdade é a nossa inteligência,
À ninguém seja dado como casta inferior...
O amor seja a ciência exata sem divisão.

Homem pra que tantas divisas?
Religião, sexo e cor
Existe um muro ante a nossa coluna social...

Pense!
Toda dor nasce do sangue
E todo sangue tem a mesma cor.

Nossa humanidade caminha perdida no credo
Cada um acreditando somente em si mesmo...
Estamos a esmo, sem crédito ou fiador.

O amor esta santa moeda corrente
É o único elo entre nós e o Criador.

Cesar Moura









Divisa


Poesia amiga de toda emoção,
Divago nesta liturgia tomado por ti em grande paixão
És minha divisa, o meu texto áureo
A luz que emana o amor de Emanuel
Num sopro divino da criação.

Não penso em você de outra forma,
Divide o meu senso por inspiração...
É a voz da minh'alma transcrita em versos no papel
Poesia via silenciosa neste mundo de solidão.

Não busco para ti o sucesso na fama
Pois é regresso o drama entre tanto fracasso,
O meu passo maior é tatear-te nas minhas mãos.

Poesia seja hoje o seu dia composto de palavras
Como um ato de boa vontade num gesto de gratidão.

Te vejo simples em cada acontecimento
Nos sentimentos que brotam à flor da pele
Neste meu ser, sou mais um poeta do mundo
Moribundo por todo anonimato,
Mas por você sou simplesmente são.


Cesar Moura






"Luz Pela Paz"

Na lua sem lacunas
Poetas pela paz
Poesia, arte que se faz entre amigos
No ego deposto sem nada
Nada na contra-mão sem destino
O fino rigor sem amor.

Amigo quando morre sem fôlego
O outro carrega o seu nome para a luz,
Não faz jus ditar com o martelo
Um prego que pertence a todos.

Luna minha de amor,
Peço tua luz pela paz...
Vejo-te lua brilhar sobre nós
Com todo o seu esplendor.

Venha para este luar declamar sem reclamar,
Afinada lira entre amigos
Em favor da poesia pela paz.


Cesar Moura

(Poesia dedicada à Poetas Del Mundo)
















Poesia


Poesia que desaba em versos o meu amor
Calibra na forma exata os sentimentos do compositor,
Procurei por ti entre tantas palavras
E te encontrei nas pétalas de uma flor.

As cores de um arco-íris à revelar-te
Na mente humana a aliança com o criador,
Poesia que se revela a luz do dia
É constante e real como o vôo do beija-flor.

Poesia minha via sincera
Nosso laço nunca se encerra,
Pois é tu o arpão na mão do arpoador.

Poesia o meu espelho natural...
Naturalmente vem o teu conselho;
Que seja a vida afinal um consenso por mais amor.


Cesar Moura






Natureza


Quando a evolução se revolta
Envolta sob a luz do sol neste universo à ruir,
Parece cair num abismo profundo em dor
O perecer de toda a criação,
Sem deixar vestígio algum de compaixão.

Independe de nós o trilhar de um novo amanhecer,
A natureza segue seu caminho;
Construindo e destruindo, para criar e depois destruir!
Deixando-nos à pensar se haverá o amanhã...

Se acordar e olhar para o céu
E ver a luz do sol,
Darei valor à cada segundo
Que viver a mais neste mundo no meu pressuposto existir.

Mesmo que a força das águas carreguem meu corpo
E o fogo ameace me extinguir,
Não temerei a morte!
Sou consorte da eternidade à seguir...

Deixarei fluir o amor sem temor,
Para o bom labor que a própria natureza me concedeu,
É esta a consciência de existir e resistir
Até que se veja da minha vida o fim.


Cesar Moura






Amor...

Não sei o seu formato
Nem entendo ser exato a sua condição...
Amor escreve com quatro letras,
Mas tem em seu elemento tamanha dimensão.

Não vejo por paixão
Este sentimento sem razão...
Amor versa com qualquer palavra,
Paixão só rima perdida na ilusão.

Por amor Jesus perdoou a humanidade,
Na dor carregou a sua cruz
O amor é sempre uma grande luz.

Em verdade não existe poder maior que o amor,
Quem ama nunca desiste de lutar por compaixão;
Tem a paz gravada na tábua de seu coração.


Cesar Moura






Lua

Zoa de mim tão distante
Testemunha da minha solidão,
Me acompanha a noite inteira
Lua cheia amiga e amante.

À-toa o mar se revolta
Todas as vezes que você gira em mim...
O seu brilho parece incessante
Mostrando lua sua face assim;
Nua e hilariante no céu te desponta
Entre tantas estrelas neste universo sem fim...

Lua que parece tão gigante
Solidária testemunha de toda paixão,
Não me negaste na rua a tua luz.

Celeste corpo que neste prezado instante
Viaja pelo cosmos estrelado iluminando muitos amores
E aos sabores de muitos poetas torna-se uma fonte de inspiração.

Lua cheia sempre nova
Segue em trova no seu quarto minguante
E mesmo sendo no céu em quarto crescente
É presente companheira distante neste espaço do meu coração.

Não pode ser consagrado a poeta
Quem nunca versou sobre ti.

Cesar Moura

domingo, 6 de março de 2011

Mulher




Mulher

Em teus olhos vejo o mundo mulher...
Não se cale com medo de ser quem você é
Nem um homem seria o que é
Se não fosse por ti ó mulher!

No teu ventre conhecemos o verdadeiro amor
Na tua coragem entre as dores deste a luz
E quem poderia descrever a dor de uma mãe
Quando vê o seu filho sofrer?

Mulher em teu olhar vejo a percepção
Neste seu coração que paira um sentimento real
Que se entristece quando em algum lugar deste mundo
Te oprimem com o mal da submissão ilegal.

Mulher nasceu para amar e viver
Para sonhar com liberdade e todo prazer
Hoje é o seu dia como todo dia será...
E nada poderá mudar o valor que você tem,
Pois para ser mulher de verdade
É preciso ver reconhecida a sua capacidade de amar e lutar.

Mulher é um prazer sair na rua
E te encontrar cada vez mais linda
Sem precisar esconder a tua face
Do fascista olhar opressor.

Mulher tu já é linda só por teu amor.


Cesar Moura










domingo, 27 de fevereiro de 2011

Cisne Negro - Valsa em Verso



Cisne Negro
Valsa em Verso

Compôr esta poesia foi como tirar ouro da lama,
Pois a minh'alma inquieta não me poupou de tal missão
Nesta pávida solidão que se abateu sobre mim.

A verdade valsou lívida - branca sim,
Branda enfim num sopro de amor.

Valsa cisne negro
No verso de tua dor,
Canta a proeza ávido de amar
Na sublime destreza da arte do pensar.

Sê tu por minha regência, oh poesia!
Esta sinfônia de valsa em verso
Que recito imerso no teu pesar.

Apesar de tudo isto ser palavra,
Lavra as duras penas o meu sofrer
Tange sem saber este quase nada
Que minha saga é viver.

Vivo o meu ato reverso
Neste preço a toda prova
Contra o ser perverso que desprezei,
Pois o meu apreço por coragem
É harmônia do amor em que acreditei.


Cesar Moura

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pensamentos e Poesias








Pensamentos e Poesia
Cesar Moura

O Sucesso

O maior fracasso é nunca tentar lutar
Pra se alcançar o sucesso.
A maior desgraça é o medo de viver
Sem ao menos lutar pra sobreviver.
O maior sucesso não esta na fama nem nas riquezas,
O grande sucesso esta no prazer de viver
Somente pra vencer os desafios desta vida.

O Fracasso

Não tenho medo dos meus erros
Temo me acovardar e negar-me ao direito de vencer
Sem nunca atentar ao prazer de lutar.
Quando caio por um erro meu sinto vergonha
Nem que me ponha a chorar,
Afinal a vida imputa este dever - sempre acertar!
Não tenho compromisso com os meus erros
Mas sim com os acertos,
Porém o maior fracasso na vida de um homem
É medo de acertar e viver entre o perder ou ganhar.



Cesar Moura

sábado, 12 de fevereiro de 2011

"Inside"

"Inside"

Inciso na forma da lei,
Toda grei orna complicada
E por ser tão preciso eu chorei,
Não pensei ver maltratada a imagem que criei.

Tudo isto incide de novo em mim,
Já não sei se serei capaz atingir o meu alvo - O fim...
Enfim impreciso sonhei sem vagar.

Foi preciso parar de sonhar,
Acordei indeciso e perdido na escuridão
O meu interior sofre neste "inside" de dor.

No obscuro observo o valor de caminhar pela luz,
Ensaio voltar de onde vim -
Talvez para o anônimato da minha negra visão,
A razão que escondia o meu ser...

Poesia veja bem o que você me fez!

Vez em quando te vejo na forma de cruz,
A tua incisão na minha alma me faz sofrer;
Estou inserido no contexto contrário a meu ver
Nada do que digo e que penso mudará a paixão de viver.

Enxerto mesmo que incerto a visão unilateral com todo prazer,
Sou forçado pela força da lei natural a viver!
Sofro calado meu ego,
Mas nunca deixarei de ser eu...


Cesar Moura

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Flores

Flores

Ofereço estas flores a você
Ainda que sejam elas em botão
Mas por favor nunca se esqueça do amor
Pode ser ele somente na forma d'uma flor;

Porém será ele a diferença de alguém
Que vive e pensa em você.

Ofereço o meu coração com todo amor
Ainda que seja ele imperfeito minha flor,
Mas por favor não se esqueça de notar o meu bom valor

Pode ser ele somente um coração;
Porém será ele a morada da eterna compaixão.

Te amo!


Cesar Moura

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Luz

Luz

Vida como te quero viva
Vivo neste solo horto
Vida minha querida lida.

Ida em caminho sem volta
O tempo te consome vida
E não há outro caminho para ti
Que não seja a escura morte.

Morto não tem sentido
Vivo a aquerela viva
Nesta vida em que é conciso o amor.

Vida simplesmente altar
Ofereço o sacríficio vivo
Na riva de todo amar.

Onde o dívino se reveste luz
Faz jus viver o dom da vida
Na sua forma exata,
Exatamente luz...


Cesar Moura

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ética

Ética


Ah! Minha veia poetica,
Perdi a estética diante do espelho;
Velho e gordo pelo engoldo de toda ânsia da luxuria.

Por tanta furia saida da emoção,
Já não sei mais o que será da razão...
A ética perdeu-se no tempo
Sem ter a chance de ser a senhora do meu destino.

Más também pudéra!
De forma patética vivi sentindo ao vento
A brisa errada de um sonhador.

O meu engano maior foi enganar a mim mesmo
Nas fantasias que criei neste existêncialismo frustrante;
No instante em que mais acreditei na verdade,
Não passei de mentira.

E toda esta poesia nem num conto vingou!
Então sei, errei o meu caminho,
Estive o tempo todo na contra-mão.


Cesar Moura

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mestre Haicai

Mestre Haicai


Pai nosso que esta no céu,
o bicho ta pegando aqui na terra.

A natureza que constrói,
é a mesma que destrói as nossas vidas.

Respeito a natureza pois ela nos matará,
muitos morrem vítimas de causas naturais.

Calma gente!
A morte é uma sentença natural,
a vida naturalmente é um acidente.

Só existe uma verdade natural nesta vida;
ninguém escapa da morte.

O homem procura nas religiões
resposta para as coisas naturais,
más a força que rege a natureza vem do sobrenatural.

Esta além de nós simples mortais
controlar em nossas mãos o tempo das estações.

Não adianta mais chorar pelas coisas que se foram,
guarde suas lágrimas para chorar por ti mesmo.

Oro pelo morro e pela terra...
Ore pela seara, ora para que Deus sare a nossa terra.

"Mestre Haicai" por sua excelência distinto em sabedoria,
dito na poesia a verdade em poucas palavras.
 
 
Cesar Moura
 
 
 
 

Discípulo Haicai

Discípulo Haicai


Dor feito tromba d'água,
desrói tudo que se vê pela frente;
plena nascente de dor.

A água que corroe o chão,
é a mesma que enche os rios
e também rega uma flor.

Dor, tento evita-la...
Depois de ter que enfrenta-la,
Só me resta esquecer.

A vida é breve como um haicai...
Ontem nascemos, hoje vivemos;
Amanhã... Já não sabemos!

Vi o orgulho desfeito na lama
feito qualquer bagulho
no drama que se encerra.

Um breve instante...
Na estante o porta retrato,
de restante somente a saudade.

Água nascente na pedra,
sempre cristalina,
pura como o amor.

Discípulo haicai, busca na poesia
o equilíbrio das palavras
como quem poda o belo bonsai.


Cesar Moura

domingo, 16 de janeiro de 2011

Lama

Lama

Dor o horror feito lama
No drama das águas que tudo destrói.
Pai, não entendo esta dor na vida que triste se esvai!
Vejo que a vida tão fragil se desfaz com esta dor
Que ninguém é capaz de explicar...
Misericórdia Senhor!
Dor que relatada na triste notícia comove a razão,
Peço por amor tua paz,
Pra que toda esta gente siga em frente
Sem olhar para trás, sejam fortes e capazes
De recomeçar a viver e sonhar.
Sei que haverá na terra um dia melhor,
Onde o sol voltará a brilhar
E todas as lágrimas dos olhos se enxugaram.
Haverá um propósito nos planos de Deus
Para que a vida seja sempre um milagre que valha apena viver,
Pois, nem a morte e nem o porvir poderá nos separar do amor de Deus.
No pior de todas as tragédias aflora o melhor de nós;
A fraternidade e o amor.
Os olhos que hoje tristes choram ante estas cenas de pavor,
Oram por um milagre qualquer que traga de volta o prazer de viver.
É difícil aceitar que o aconchêgo do lar seja desfeito em ruinas,
Que parte de nós seja arrancada com a violência da força das águas.
Tive vontade de chorar sem nenhuma vergonha ao ver em frente a tv,
A desgraça humana ganhar o formato tão cruel e devastador.
Dor é muito pouco perto de tanto desespero!
Vidas que perdidas na lama, nem tiveram tempo de ver que se foram.
Chora o pai, chora a mãe
Também o irmão e quem mais tiver coração.
A vida hoje ganha um novo sentido,
Pra ser feliz basta muito pouco...
É só olhar para o drama desta gente e saber,
Que apesar das difículdades em que vivemos
Estamos vivos pra chorar com os que choram.


Cesar Moura