quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Relatividade

Relatividade


A relatividade na forma de poesia explica
A teoria desta atividade
Do espaço no continuo tempo,
Da verdade vertente pelo olhar da ciência
Deste gigante universo em forma e dimensão
Um total feixe de luz
Sem começo ou fim
Que conduz ao infinito
Onde o finito tempo não existe.

Coexiste a energia formando matéria
No inanimado mundo real
Desintegrando a anti-matéria
Na terra do mundo animal,
A forma de vida das castas inferiores
Do inconsciente irracional...
Sem a plena consciência da existência
Luta apenas pela sobrevivência,
Enquanto o homem na condição racional
Neste ambiente universal
Procura sua razão à questão do existir...

Os versos se remontam no subconsciente
Percebendo que a vida é muito mais
Que nascer, crescer e morrer...
E o processo em estudo justifica
A relatividade da nossa teoria explícita,
Uma vida vale por toda uma geração.



Cesar Moura

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sumo do Amor

Sumo do Amor


Doravante...
Enamorados, amantes somos
Unidos pelo fogo
Igual ao ferro derretido
E fundido na forma exata
Que ata a aliança em nó.

Forjada no calor das brasas do amor
E aquecida pelas chamas da paixão,
O coração meliante em pó
Resigna-se da tola solidão
Do passado instante
Que agora se desfaz vencido.

E os amantes enamorados
Entregam-se de olhos vendados
Ao sumo do amor.



Cesar Moura

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Áurea

Áurea


A carne aberta... Na ferida,
A chibata arranca a dor...
Pendurado no madeiro
Sofre nas mãos do vil agressor,
O negro que chora estendido
Sufocado pelo ódio e rancor.

À áurea mal compreendida
Na história não redigida
Do escravo então sofredor,
Expurgado da terra e arado
Abandonado sem direito ao labor.

À miséria e fome a ser vencida...
Era tão cruel quanto à própria escravidão
Como já não bastasse o desalento
Do preconceito pela cor,
À dor maior foram as palavras com medidas
Da ignorante ofensa racial.

À “consciência negra” hoje revertida
Na força de uma nova geração,
Canta o negro em seu sonho mais livre
Com o direito de ser um cidadão
Que luta por igualdade social.


Cesar Moura

O Luxo no Lixo

O Luxo no Lixo


O luxo no lixo
Na lata de lixo
Do poluente fluxo ambiental
Tal qual o eixo do mal
Destruindo a natureza
Explorando a riqueza
Da beleza natural.

A natureza não cobra pelo consumo
Mas reage ao insumo desproporcional.

O fino foge do fogo
Que forja o ferro velho como ideal
Dos descartes em demanda
No lixo do luxo de nossa gente.

Reciclando pra renovar
Renovando pra conservar
Conservando pra sanear.

O consumo consciente
Preserva a terra, água e o ar
Deixando fixa a idéia
Que o lixo é um luxo,
Na qual... Reciclando dá pra se aproveitar.



Cesar Moura

domingo, 20 de setembro de 2009

O Elo- Vida e Morte

O Elo
Vida e Morte


Hoje acordei sedo e pensando na vida...
Por um momento pensei demais
E tive medo da morte
Pois a sorte,
Este elo entre a vida e a morte
É frágil demais...

Quando olhei para trás
E vi tantas vidas perdidas
Tragadas pelos fortes braços da morte
Percebi que apesar da vida ser preciosa demais,
Viver é quase nada...

Do que adianta glorificar tanto a vida
Se toda esta glória
Um dia será para a própria morte.
A sorte um dia se rompe
Não será nada demais,
Apenas o fim da vida
Transformada no escuro da morte.

E por mais que me assuste,
Não me frustre o obscuro
Do prazer de viver...




Cesar Moura

sábado, 19 de setembro de 2009

Falsa Confissão

Falsa Confissão


Apanha a mulher do maldito carcará,
Drácula sanguinolento...
Pra amar a faz sangrar,
Mas quem ama não machuca
Não discute crises de amor
Com tamanha violência.

Revidando em agressão
Escuta... Sua culpa,
Pois ainda não aprendeu a amar
É muito triste ver uma mulher chorar
Por ser vitima da violência no seu lar.

Absurdo, negá-la o carinho
Quando no passado para conseguir o que queria
Fizeste juras de amor e ardente paixão
As lágrimas que correm do seu rosto machucado
São as provas de uma falsa confissão
Que se perderam sem valor.

E quem nega o amor,
Revida com transgressão ao pobre coração
Desfeito em soluços de desgosto,
Lá se vai um sonho de paixão...
Em um mar de crise,
É tão triste...
Triste...
Ver as lágrimas no rosto da mulher.




Cesar Moura

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Adultério

Adultério


Peca ao provocar certa investida
No flerte de um olhar...
O traidor.

Lança-te em contrapartida
Atrás de um novo caso de amor...
Adultério abre uma ferida
Provocando as chagas de dor.

Os casos que começam de forma divertida
Tornam-se cacos, neste caso sofredor
Sendo que na vida tudo tem um preço...
No começo tudo é bom,
Mas quando vem o “bum”
Da inconseqüência pervertida,
Destruída fica a confiança na união.

E um coração magoado pela traição
Arrasado e ressentido fica,
Sem ter onde por os pés no chão
E o preço que se paga... È a solidão.



Cesar Moura

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Imaginação

IMAGINAÇÃO


Sincronia na poesia,
Tese em astral
Mede o estado de espírito
No universo racional...
Toda a razão do saber
Vem do querer,
A energia cósmica rege o natural.

Microfonia na poesia,
Berra o som em tom maior
Da vertente rima emocional
Invocando o paradigma sentimental
Descrito com precisão
Os desejos do coração
Desenterrando os segredos do amor,
Revelando a paixão.

Sintonia na poesia,
Preste atenção...
Ouça a melodia
Como se ouvisse uma canção
De resto... Deixe fluir a imaginação...



Cesar Moura

sábado, 12 de setembro de 2009

Encruzilhada

Encruzilhada

O sonho de um amor profundo,
No mundo...
Nunca poderá acabar.
À aventura...
O místico brando de ternura
Ao fundo da bela cena
No azul do mar.
Com as gaivotas voando livres
Na superfície da terra,
Que berra ao som do alaúde
Saúde!
Então vamos brindar...
Esta poeira que na estrada se desfaz
Da encruzilhada que ficou para trás.
Reza a poesia nesta ata
Que desata a rima de todo o mal
Pelo nicho de brandura
Da indecisão causando ranhura
Nos caminhos que se cruzam
E seguem opostos.
Ficando sempre a interrogação
Em que vias poderia amar?
Enquanto espera amadurecer
O amor que um dia desejou nascer.
Como as folhas secas que caem de uma árvore
E são levadas pelo vento pra qualquer lugar,
Assim também é a vida
Em rota de colisão.
Abra o seu coração diante desta encruzilhada,
E não veja pilhada a sua emoção...
Será mais forte a tua chegada
Com a alegria que te satisfaz
Pois somente o amor é capaz,
Nesta vida... De semear a paz.


Cesar Moura

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Suplício

Suplício


O meu coração arde em chamas
Paixão este é o drama
Vertido em lagrimas vermelhas
No fogo da desilusão
O meu suplício é amar você
E mesmo sem querer
Não percebes o quanto me faz sofrer.

Você negou o seu amor
E entregou-me a esta dor
As tuas portas estão fechadas
Fiquei só neste castelo
E me flagelo pra tentar te esquecer.

Mesmo que me desfaça
Do sentimento aqui contido
Carregarei sempre comigo
As marcas deste amor
Que apenas me faz sofrer.

E no final irá perceber
Que ninguém te amou
Como eu te amei
Entreguei-me de coração corpo e alma
Na intenção absoluta de fazer você feliz,
É o amor quem me diz;
Sou o melhor que poderia lhe acontecer...

Te amo!
Pena que não consiga perceber,
Que te amo... Te amo... Te amo...





Cesar Moura

domingo, 6 de setembro de 2009

Meu Júizo

Meu Juízo


Procuro meu lugar ao sol
Mas não encontro lugar nenhum
Estou só em algum lugar nesta escuridão
Sendo mais um caso perdido
Vagando esquecido entre asteriscos
Riscos e vírgulas,
A gárgula escoando sentimentos como água pluvial
Descrevendo as emoções reprimidas em folha de papel
Sou o conto e também esta poesia
À procura de um final feliz
Da vida não espero nada
O que há de vir, virá do céu.

Acordo todas as manhãs
Tendo como café
Minha inspiração, uma caneta e um pedaço de papel
Sei que apesar de tudo isto
Sou o réu do meu juízo
E valorizo o que sou...

Sou o que sou
O dito... O bendito,
O que sou?
Talvez um ninguém...
Mas quando por juízo sou julgado
É porque sou alguém.




Cesar Moura