sábado, 30 de janeiro de 2010

Divago

Divago


Poesia que me força e vem,
Queima sem me distrair
Poesia à minha destra nesta hora zen
Mesmo quando sobrevêm medito neste seu fluir.

Relativa versa a nossa lida
Bela e descontraída da parte que me faz tão bem,
Prosa, rogo e canto...
Assim não me desencanto
Sem a poesia eu não sou ninguém.

Divago entre a solidez
E a brandura lingüística mera... O português,
Quem me dera fosse hoje o dia
Em que viver você poesia
Sobreponha toda quimera
E vivesse este dia somente para me dar prazer.


Cesar Moura

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sal

Sal

De encontro à luz do sol
Ando em silêncio a procura do meu lugar ao céu
Ainda que seja eu o réu do vosso juízo
Ser julgado é menos o que preciso agora
Vivo o próprio siso perdido neste paraíso
No meu desencanto em total dissabor
Insípido amargo sem sabor
Amor que me tempera bem
Que seja como sal
Elemento químico natural
Puro sentimento transcendental.

E como tal sou o silício em plena forma bruta
Na gruta sem valor
Só esperando me lapidar
O tempo deixa suas marcas em mim
É a dor que me faz brilhar enfim, como cristal
Sou frágil... Se me tocar, ouça-me ressentir
Com a ressonância de um metal.




Cesar Moura

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Latinha

Latinha


Lá tinha?
Não tinha,
Latinha na mão.
Na mão alumia alumínio e latão,
Recicla e retorna é dinheiro na mão.
No chão tem latinha,
É dinheiro jogado no chão,
No chão entope o bueiro
Reciclando é dinheiro na mão.


Cesar Moura

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sombra

Sombra


Sem as sombras do medo
Da angustia e de dor
Cravado em meu peito
A relé força o pavor
Dói o medo do escuro
Como uivo do lobisomem
De todas as coisas que me consomem,
A maior é a luta entre o homem e a fera
Que desgraça a coragem
Traída pela covardia.

Quisera olhar-se no espelho
E visse com sinceridade a verdade contida
No reflexo exposto
Este rosto que vejo
Sem desejo expresso
Refletindo de novo o avesso da alma.

Calma coragem desafie o medo!
E crave a estaca na fera
Que domina o ego em minha plena vaidade.

Verdade, ainda que cedo e nunca tardia
Sem as sombras do medo
Sigo-a o quanto suporto
Perseguido entre a cruz e a espada,
Sigo o rígido destino
Buscando na luz a minha sombra.



Cesar Moura

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Luz do Amanhã

Luz do Amanhã




Os nossos olhos preparados para o que é belo,
Pinta às portas um castelo na imaginação...
O outro lado da vida na tela, a ilusão.
A realidade oposta desmascarando a vaidade
Como verdade sentida na batida do martelo,
Esclarecendo todo o sentido da vida.
Que na dor floresce o melhor de nós
Pois basta-nos sofrer que descobrimos, o remédio é o amor...

A natureza nos devora como prezas fácil
Em seu ágil labor na relva flora de sua evolução
Naquilo que pensamos dominar,
Somos dominados como um barco a deriva em meio a um furacão
Os terremotos sacodem o nosso medo
Desafiando todo credo que retém a humanidade.

E nesta síntese vivida dentro de todas as tragédias
Questionamos o criador...
Será que ele nos esqueceu?

Não tenho por omisso o Poderoso Deus,
Ele não se esquece de ninguém!
Pode haver na morte, a sorte de alguém.
Eis que somos predestinados a morte todos os dias de nossas vidas,
Mas por amor também somos salvos.

Quem nos garantirá a luz do amanhã?
Se não for o próprio Deus.


Cesar Moura

domingo, 10 de janeiro de 2010

César

César


O intento de viver em intenso furor,
Vasta em suplica a “res publica” por falta de amor
Mesmo que sã nada lhe será melhor
Como é o próprio amor,
Vide bula o remédio é amar...
Neste imenso império da humanidade em seu Augusto viver,
Rege-nos César por tanto poder...
Mas, no entanto pra que tanto poder?
Se o beneplácito é o amor!

Penso amar-te por ser como você...
Eis que me vejo no rosto de cada ser
Entretanto o viver pelo amor,
Basta-nos como poder!


Cesar Moura

sábado, 9 de janeiro de 2010

Amor Proibido

Amor Proibido


Por falar de amor...
Por onde anda você meu amor?
Já cansei de esperar
E não posso ficar neste vazio,
Ainda lembro do calafrio que senti
Quando apreciei o seu jeito gostoso de ser.

Não sei se sou romântico demais
Por declarar-me assim...
Mas não suportei quando olhaste para mim,
Percorri o seu corpo inteiro no olhar
E me apaixonei como um louco qualquer!
Talvez até fosse vulgar ao manifestar a minha atração por você.

Por favor, não me negue o prazer!
Quero desfrutar contigo este amor proibido
Mesmo que a minha sentença seja lhe amar...
Lhe amarei com todo o prazer,
Quero apenas te amar, te amar!

Libido sexual devaneio enlouquece eu sei!
A paixão é força motriz que estremece até a raiz
Violando a sensata lei da razão.

Você é a forma física exata
Que sempre desejei possuir,
Vou ruir estremecido entre o prazer e a dor
Pois não vivo sem o seu amor!

Declamarei as frases que fiz...
A você minha flor de Liz,
Venha para os meus braços que é o seu lugar,
Seja a minha diretriz e serei o seu aprendiz
O nosso ninho de paz se fará para amar, amar... Amor!
Pois você é tudo o que eu sempre quis.



Cesar Moura