sábado, 11 de junho de 2011

Sétimo Céu

Amor que sempre cortejei,
Sonhei com o teu beijo doce de mel...
No sétimo céu desejei estar contigo,
Enamorado e muito mais que um amigo.

Paixão que outrora almejei,
Pensei!
Te amar não é nenhum perigo...
Por você eu rasgo o véu,
Ouça bem meu amor o que te digo!
Se precisar, por ti vou até o sétimo céu...

É, eu vou além de tudo isto,
Pra te namorar enfrento qualquer abismo...
Ora meu bem!
Ninguém te amou como eu te amei
Sonhar sonhei, meu prazer é estar contigo.

E lá no céu que os anjos digam amém!
Pra validar o bem querer de todo nosso amor...
Minha paixão é por isto que te digo;
É como um dia eu sonhei,
Te amar não é nenhum perigo...
Só a solidão sem a luz do teu sorriso
Para mim vira castigo.


Cesar Moura



sábado, 4 de junho de 2011


Crenças

Se Deus é Ala?
Fala à seus súditos a paz...
Apascenta teu santo amor
Para que as guerras santas
Não causem tanta dor.

Porque nos servem cabeças na bandeja
Para purificar a humanidade deste louco siso?
Haja quantas crenças houver,
Se ainda existir o amanhã
Que seja nossa fé somente o amor.

À olhar para o céu percebo a grandeza do criador,
Quando olho para alguém, eu me vejo!
E vejo também a semelhança do Nosso Senhor...
Seja Ala ou Deus, Ele é nós e nós somos Ele.

Quando um homem fere a outro homem,
Fere também a este que o criou.

Seja a vossa fé pagã, islã ou cristã...
Não importa mais as nossas crenças!
A uma força maior que faz toda diferença;
Que não mata crianças,
Não destrói vidas inocentes,
Há um poder que esta acima de toda ciência, o amor!
Capacidade que só faculta ao homem
E o coloca ente o criador.

Seja Deus ou Ala,
Semeie a paz, e veja o triunfar do amor.

Cesar Moura



Silêncio
...

Calei-me por mérito ao silêncio,
Pois no que penso, é melhor me calar...
Palavras parecem não valer mais nada,
Basta dar uma olhada para o mundo
E ver que tudo isso não passa de conversa fiada,
Não existe amor!

Olhei triste da minha sacada
E vi o rancor tomar conta desta vida cruel,
Senti na pele que a alma inútil, se consome em fel.

Doeu o martírio pregado pela insurreição
O perdão morreu mais cedo nas mãos do vil opressor,
A lei do olho por olho, dente por dente
Deixa na mão o pacificador.

Não existem palavras perfeitas
Para vencer este hostil sentimento,
Todo mal julgamento precipita as notícias
Frente ao espectador,
E na ânsia de conhecer a justiça,
Torna-se tão cego e banguela
Que chega a chorar!


Cesar Moura


Flagelo

Sussurro meas palavras no enclave da minha dor
Não adianta ouvir esta melodia triste de amor...
De que me serve refletir nesta poesia
À luz do meio dia, ou seja quando for...

Urro meu argumento
Ungüento com cheiro de flor,
Flácido elemento minha covardia
Detona-me todo rancor.

Esmurro minha face
E o sangue que desce parece com licor,
O meu flagelo é elo retorcido
Por ver tão belo este ego sonhador.

Se desfaz em vão o lado bom deste castelo
E perdido, eu já nem sei quem sou...
Serei minha vergonha, ou uma mentira bem contada,
Em que até eu mesmo acreditei?

Não sei!

Enfim, vejo no silêncio a minha alma
Vestida de fantasia nesta epopéia,
A odisséia desgarrada de um pobre sonhador.


Cesar Moura




Fissura

Sei que tudo isto parece loucura
Mas o amor para mim é a cura,
É curva à luz do tempo...
Envolve mais que os sentimentos.

Eu estou nas alturas,
À procura do meu bom momento...
E meu pensamento é forte!
Com sorte vou prosseguir vencendo este lamento.

Pois todo tormento não passa de fissura,
Aventura de um sonhador...
Choro minha dor maior
Naufragado no amor,
Sofro meu desfalecer!

Sigo a beleza da paixão
Sem compaixão, sem compreeder...
Da areia sou um grão,
E por isto é meio difícil de me ver.

Vivo o drama comparado a uma flor
Que, quando perde sua cor,
Perde também o sentido de viver.

Se existir, consiste em abrigo pra solidão,
Eu renuncio à esta posição!
Quero viver estrela,
Ser tão belo e divinal...

Lá no céu o meu sonho astral,
Seguirei minha anônima jornada
Admirando cada olhar,
Servi-me e ser estrela;
Até que me seja a vida paz... Pura constelação.

Cesar Moura




Transparência

Não te vejo...
Nem é como desejo,
Não reflete em mim
Assim meio perplexo.

Desconheço teu reflexo,
Só desculpas por engano,
Sem ensejo...

Pra sua ciência, é só engano...
Fulano cita já sua mentira;
Transparente só por que ninguém te vê?
Nem aqui no plenário,
Nem n'outro cenário,
Só no noticiário da TV.

É assim que te vejo;
Fantasma, asma e bronquite...
Engasgo na sua transparência.

Cesar Moura


Intolerância

Ódio pra que te quero?
Se ócio vazio destruição!
Vã, só lamente como talibã...
Vejo amanhã tão diferente
Na mente paz seu talismã.

Amor versa o confronto
Agora e pronto, amor é mais amor...
Ódio, ébrio enlouquecido
Versão perdida na dor vilã.

À frio sentido e grosso modo,
O néscio sócio-pata quando não mata fere...
Veja os tiros de sua vingança,
Das alianças com as lanças do mal.

Nas hastes d'um coração sofrido
Sangra a intolerância ordinária;
Quando a sábia consciência se perde otária,
Vai neste mundo à forra apenas por destruição...
Então, que seja a paz suave para nós simples hortelã.


Cesar Moura


Braille







Quando o dia tocar no chão,
Meus passos firmes seguirão...

Meu mundo braille melodia,
À cada tato doce visão.

Luz que se reflete imaginário,
Sou do cenário o confuso ser...

Galgo a vida sinfonia,
Via de dor que transita o prazer.

Quanto lamento saber de mim sem reflexo,
Complexo da sina regente de todo sofrer.

Cego à luz deste mundo,
No fundo, mesmo sem saber...
Quero somente viver meu destino.

Cesar Moura

Saracura Vai Vai


SARACURA VAI VAI



Bixiga nasci para você

Vai Vai no meu coração

Saracura de toda paixão

Na avenida é só emoção





Bixiga palco de alegria e dor

Nunca esqueci de você

Vai Vai com todo prazer

Saracura é puro amor

Na avenida alvinegro é de cor





Bixiga o que mais posso dizer?

Vai Vai para sempre morar

Nas glórias que você escreveu

Saracura do negro Tadeu

Na avenida o seu grito ecoou!

A sua história foi escrita com muito amor



Bela Vista a dizer-te no samba

Da poesia é nosso refrão.





César Moura.

Fobia

Fobia

Outra vez sem nexo...
Sexo não tem lei!
Sei deste pretexto,
O eixo da confusão,
Homem é homem e não crie trejeitos;
Não recrimine sua paixão.

A liberdade perde o sentido
Se for pervertida toda razão,
Nossa alma é mais que um mero corpo nú...
Toda vergonha tem seu motivo
Ativo de compaixão.

Tenho dó destas meninas que perderam o senso
No lenço de uma ilusão,
Criaram suas fantasias quase insexto desejo.
Só falta dormir irmão com irmão.

Não tema por quanto a fobia
O rejeito da estranha opção,
Seja suave a poesia
No direito de expor minha expressão.

Moral é o certo acima do errado,
O mal nunca vencerá a razão.

Cesar Moura

Elfos


Elfos

Segue nórdica esta história
O elfo na saga de amar...
Mesmo quando tão brilhante,
No instante que tende a chorar,
Vagalume no ar, amor... Por você sou de luz!
Safrício de cruz, ardor em qualquer lugar.

Valar, por seu amor eterno
Sentiu a paixão bem no ar...
A ninfa pelo bom apreço,
Entregou-se sob a luz do luar.

Nesta obra entre seres encantados
Que habitam o fogo, a terra, a água e o ar
Mistificam Shakespeare no olhar,
Na obra que faz da poesia palco para iluminar.

Clara ametista, divina!
Ilumina de amor nosso ser...
Tens o poder clara luz
De encantar com paixão quem te vê.

Afim de ter contigo todo prazer,
No intimo leito, nossa forma natural...
Venço a cada dia o meu mal,
Para deleitar-me de amor com você.

Cesar Moura






Paradoxo




Paradoxo


Carrego minha bandeira,
Ainda assim não sou normal...
Se com isto digo besteira,
É porque vivo o bem sendo mal.

Sigo meu paradoxo,
Ortodoxo transcendental...
Rígido por brincadeira,
Queria apenas ser original.

A vida não é um mar de flores...
Viver tem seus dissabores,
Então vivo o meu bom astral.

É tão bom dizer-me aos versos
Sendo menor do que pareço ser,
Pois, a humildade para mim é força vital.


Cesar Moura