sexta-feira, 22 de abril de 2011

Tonante






Tonante

Nada haver na minha visão
Seria mais cego na tocante paixão
Ao olhar para trás e esquecer
Que andar para frente é viver.

Nada haver na minha mão
Se tonante aderisse a esta canção
Viveria melhor o amor
E quem me dera fosse maior o prazer,
Sou todo feito refrão
Estrofes e linhas de dor.

Estou cansado de tanto sofrer
Até pedi perdão para Deus
Só pra receber os seus cuidados em mim
E caminhar com as bençãos do céu.

O véu cobriu meu jardim
Com lírios brancos de paz.

E agora me faço tenor pra solar o amor
Ouvindo anjos à cantar com vigor...
Sou renascido na esperança,
Nesta dança pela vida sou apenas tenaz.

Cesar Moura


Estudante







Estudante

Soube paz do nosso amor?
Foi além de toda essa dor
De rasteira a vida se foi...

Deu bobeira o rancor,
Arrancou nossa flor do jardim
Nada mais será como foi...

Se foi nossa flor!
Nesta flor tinha amor e poder,
O poder de amar e sonhar sem morrer.

Nossa flor!
Você se foi como um sonho na alvorada
E ao acordar pela manhã e não te ver
É melhor nem acordar!

Foi uma sacada só,
Numa rajada ao vento...
Nem deu tempo de te dizer adeus.

Deus é tão bom,
Que se teu corpo se deflaga pelo chão
A tua alma flagra... Está no coração do Pai.

Não sinta frio e medo,
Cedo quando acordar lembrarei de ti
Como um estudante que decorou a lição.

Foi cedo sim, assim sem se despedir de mim...
Mais saiba que nunca será tarde para amar você
Pois verdadeiramente os bons nunca morrem
Vivem para sempre mesmo depois da morte.

Cesar Moura




Excelentíssimo

"Excelentíssimo"

Sem ovacionar o teu nome
Sem vaiar o teu sobrenome
Se esvair sem ter o seu pronome
Não há de haver super homem.

Hão de existir os teus feitos
De resistir os teus fatos
No ato de lutar contra a morte
Num brado de honra escreveu sua história
Terminando sua vida em glória

São estas as tuas palavras;
"Não tenho medo da morte,
Tenho medo da desonra."
Pois quem tem honra nunca morre
E quem vive na desonra, já esta morto mesmo em vida.

Homem que tem sobrenome
Vive eterno o seu nome
No pronome que antecede ao "Sr Excelentíssimo" a merecida glória!


Cesar Moura







Flerte





Flerte

Humanidade,
Quem flerta com o mal
Torna-se pior que ele
No que incide em criar toda desordem.

Ah! descobrimos o poder do fogo
E com ele as chamas da aniquilação,
Nossa inteligência indulgente
Cobra à ferro quente o preço de nossa loucura.

Humanidade seja coerente,
Não indiferente a toda esta diferença entre todos nós
Somos um em tantos,
Que acabamos sendo únicos no universo...
Nunca odeie o que você não entende.

Tornamo-nos a cada dia mais sábios
Dominantes nos aspectos da ciência,
Deficientes em nossa cega loucura de ambição...

Não critico o homem por me ver assim,
Somos um acidente da natureza que deu certo -
Mas, até onde...
Até ontem, talvez somente até hoje.

O mal existe!
E não é com exorcismo e religião que se vence ele,
O amor é o absoluto senso da razão humana;
Quando somos incapazes de amar
Aí nossa inteligência torna-se um perigo...
Pois digo, o maior poder do homem é invisível!

Naquilo que flerta a humanidade
Resultará a sua própria sorte.
Acredite!
Ainda não vimos tudo do que somos capazes.

Cesar Moura


Anjo





Anjo

Nunca mais outra vez...
Sentirei no ar o desejo meu ser feliz então
O amor que sonhei acabou em vão,
Não vingou como reguei
Entre as sementes de flor plantadas no meu coração.

Maltratado arreguei pra não chorar de dor
Pois o anjo lindo que me apareceu voou pra bem longe daqui
Levando consigo todo o desejo contido na minha paixão,
Nunca mais outra vez...

Cesar Moura


Jeus Cristo






Jesus Cristo

Muito se fala sobre o Senhor,
Mas nada é comparável ao seu amor
A coroa de espinhos cravada em sua testa
Atesta a dor que suportou no seu labor.

Jesus Cristo filho de Davi,
Tenha compaixão de mim
És o meu rei e também Senhor.

O galo cantou por três vezes
E foste negado na solidão,
Foi escarnecido pela multidão.

Recebeu o castigo que nos trouxe a paz,
O teu sofrimento é a comunhão
De um novo testamento para a nossa fé.

O Cristo crucificado como rei
Em meio a ladrões...
Entre tantos corações corrompidos pela maldade,
Olhou para o céu e orou a Deus;
Pai perdoa-lhes pois não sabem o que fazem.

Foram muitos os seus milagres nesta vida
Mas nada é maior que o seu perdão...

Viva Cristo em cada um de nós
Para todo sempre na Paz do Senhor,
Amém!

Cesar Moura




Calicatura


Caricatura

Eu me vi de espantalho,
Quebra um galho se eu nada sou...
Talvez um inerente,
Eloquente e nenhum doutor.
Há quem goste deste meu jeito;
Do palhaço sofredor.
Dão risada da minha desgraça,
Se caio na rua, risos pra cassoar de mim - ah, ha ha ha!
Mas, derrepente nem ligo pra isto
Tendo em vista, sou o que sou...
Vejo-me no espelho sem ter problemas com meu ego,
Ou com o meu lado emocional.
Não adianta confundir a minha mente,
Palavras difíceis não vão me persuadir!
Quando olho para a sombra na parede,
Sei quem sou...
E daí, se todos os passos que dei foram errantes!
Num instante acordei pra realidade...
Tive medo de cair e não mais me levantar.
A vergonha deste meu estado inanimado,
Mostrou-me o outro lado que eu não queria ver...
Vivi minha calicatura
Na aventura do meu doce ser
Como quem cria um personagem
Para vencer o medo de viver.

Agora, só preciso prosseguir e redesenhar o meu ser...
Desdenha quem assim quiser.


Cesar Moura



Antimatéria

Antimatéria


Vida, circulo das dores
Trás flores para ornamentar
Porque no desabrochar de muitas cores
Vida, és tu um jardim.
No que seja o bem silvestre,
Encanta por seu enaltecer...

Vida de sonhos tornado em pesadelos
No sofrer entre lágrimas e dissabores,
Vida requer sempre mais amor.

Vida, faz de mim prezado ser,
À me ver o seu contrário antimatéria
Séria se desfaz no teu ruir...

Gira mundo com todo universo
No reverso de toda criação...
Vida em torno do buraco negro
Segue o contorno da morte e extinção.

Luz que se reflete vida,
Caminha rumo a escuridão...
E, não há alma que escape desta,
Do fim que não é mera sugestão.

Vive a sentença alfa,
O omega de todo ponto final...
Vida desempenhando seu papel,
Nesta via sempre tão sinuosa
Segue ida nesta dimensão por expansão,
Até que a morte venha te sugar...


Cesar Moura