domingo, 25 de outubro de 2009

Rio de Paz

Rio de Paz


Nascente na dor
No vale do amor
Lágrimas que na margem se desfaz...
Rio de paz enterra uma flor
Que ao vê-la neste vale
Sucumbir sem nenhum valor
Causa tristeza e rancor
Pela alegria que jaz nos braços do ente...
O pobre sofredor.

O pai da alegria sofre
Ao ver fugir a esperança
Nesta violência desvairada,
Alvejada em disparada
Pelo sangue que segue na calçada
Desaguando no rio de paz...

Por favor! Atirem em nós
Apenas sementes de amor,
Alegria sem devaneio
Desespero no passeio,
Não é festim que atiram em nós...

As flores que de todo este desespero sobrevivem
Seguem o rio chorando,
Fazendo o seu apelo pela paz...



Cesar Moura

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