quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Monólogo

Monólogo


Vejo-me só...
Sóbrio, sólido e estático.
Neste estado físico e carente
Que me faz tão dependente,
Às vezes frio... Outrora quente.
No fio da navalha me equilibro pra não cair,
No frio da destreza e a solidão.
E tão logo me veja são,
Adentro a vida de peito aberto
Rasgando o véu da minha loucura.
Apresento neste palco as verdades latentes
Diante dos olhos e de todas as lentes
Este monólogo...
E farei análogo por certa á razão,
Da desertificação que é viver na solidão.
A dissecação do ego fere o meu coração
Desfaço-me como areia
Empurrado pelo vento como poeira.

E toda a carência que vem do meu ser
É do amor que me faço querer...
Sinto o prazer nas paixões impossíveis,
E do apreço sem valor dos sonhos inatingíveis...
Então, olho para mim na forma que sou,
Sustentando o meu ser com todo o pudor
Sendo o mono,
Logo feito um holograma
Que ama e depende deste poder...
Vivo o amor.


Cesar Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário