Lida
Lida que me fazes vida
Que me tens como quer,
O meu querer não é poder
Frígida sustém o voraz apetite do tempo
Em tuas mãos a me consumir
Até que não haja mais nada de mim.
Minha vaidade é quase nada
Neste instante regresso
Sou a sombra da luz
A procura de paz
Rígida à vida moldou o meu sofrer.
Vida que sou...
Do amor que sonhei,
Sou um pouco de verdade e mentira
Misturado as paixões e desilusões,
Da inocência nada mais me restou
Não sou o super homem que pensava ser
Os meus heróis já morreram
Com o passado que ficou para trás,
Minha vida sinto muito por ti
Proteger-te não posso
Pois não tenho este poder em minhas mãos.
As virtudes da humanidade dentro de um corpo qualquer
Despedaçam-se como cacos de vidros espatifados no chão
Riqueza é viver,
Pobreza é sofrer
Quando a luz se apaga não resta mais nada a fazer
A vida se foi...
Lívida se recompõe na forma de outro ser
Pra chorar e bem dizer,
Assim és tu, vida.
Cesar Moura
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
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