quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Malicia

Malicia


Depois que se for o amanhã
Não virá com saudade
Na flor da idade a chorar!
Os planos da vida em vão criaram uma lacuna,
Que outrora plenamente sã
Figuraram na malícia do olhar,
Por toda doce e suave milícia
Dotada de amor com sabor da hortelã.
Outorga figurar o jugo do ser na união
Que ficou no prazer bem passado,
A lembrar da pele macia
Tecida como fios finos da lã.
Com o lampejo de amar,
Tornaria então em pecado;
Um pensamento obstinado a tocar na beleza da tez!
O deleitar da crua nudez faz de insensata a lógica,
No ato do coito que entrega o coitado a paixão.
Desfalecendo nas mãos tão passiva do amor
A mercê da loucura, minha cara amante e vilã.
Hoje se vai à flor do desejo,
Ensejo resumido no beijo;
O lúdico amor vespertino.
...Esteja mais livre dos maus sentimentos
Para quando vier à luz do amanhã outra vez;
Naquilo que nos traga o prazer,
Deixe-nos também um pouco de paz.


Cesar Moura

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