terça-feira, 8 de junho de 2010

Fator

Fator


A saga que me persegue,
Segue no desafio do fio que tece a minha face.
Desvaneço num rio de incertezas,
Cuja profundeza das angustias não consigo medir.
Sinto-me o faquir deitado em cama de prego,
E me apego ao sofrimento como no carma de meditação,
Buscando em vão no martírio a minha redenção.
Sou o pão do destino em fino trato,
Um prato cheio de desilusão.
O meu coração anseia por amor,
Quando não sou capaz de amar.
Minh’alma vaga no deserto
E vê de perto a solidão,
Com a mão que apalpa o meu rosto;
Enxugo o suor e as lágrimas que vertem em mim,
Buscando no fim um começo pra dissuadir a razão.
Nem tudo é feito de tristeza,
Conheço a beleza da alegria estampada entre lírios e jasmim,
Sim... Existe um jardim, um lugar...
O limbo fator que chamo de amor,
E, é lá que desejo morar;
Neste lugar chamado amor.


Cesar Moura

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