sábado, 19 de junho de 2010

Saramago

Saramago


Tarja de dor,
Morreu um beija-flor!
-a escrivania reclama seu escritor.
Foi-se o literato ao pó...
Do nó que se desfaz o véu
Para o céu segue o prosador.
Nobel quisto por amor
Do visto literal...
O vazio que ficou chega a ser assustador
Morte – a sorte aleatório crivou,
- ponto ao seu final.
As palavras seguem sem rumo
Perderam-se o sentido – autor...
O prumo agora rima com a dor,
Vazio versa com amor
Morreu um beija-flor.

Saramago este sonho que não morreu!
Resta a ironia em dizer;
Que a glória de um grande homem,
Nunca haverá de ver o seu fim...


Cesar Moura

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