sábado, 12 de junho de 2010

O Cavalheiro Solitário

O Cavalheiro Solitário

Sentado no banco da praça, jazia aquele homem na solidão.
Era uma tarde fria de inverno, o vento frio soprava em todas as direções.
Seu olhar congelado no tempo parecia mais um elemento,
a procura de rumo, perdido e sem direção...
As folhas secas soltavam-se dos galhos e ele olhava para elas
admirando cada vez mais, a nudez daquela árvore.
Percebia então, que a solidão lhe transformará em algo muito parecido
com aquela árvore.
Pois agora vivia ele o inverno de sua vida.
Ressentimentos lhe consumiam a alma, por um trauma de consciência e dor...
Perderá ele o amor, sem nunca mais conseguir encontrar.
Procurou por ele em tantos lugares...
Mas caiu num vale de tristeza profunda, de decepção que inunda em desgosto o seu ser.
O cavalheiro solitário geme, não pelo frio...
Mas sim, por esta dor que o leva cativo todos os dias para aquela praça,
no vale da solidão.


Cesar Moura

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