Áurea
A carne aberta... Na ferida,
A chibata arranca a dor...
Pendurado no madeiro
Sofre nas mãos do vil agressor,
O negro que chora estendido
Sufocado pelo ódio e rancor.
À áurea mal compreendida
Na história não redigida
Do escravo então sofredor,
Expurgado da terra e arado
Abandonado sem direito ao labor.
À miséria e fome a ser vencida...
Era tão cruel quanto à própria escravidão
Como já não bastasse o desalento
Do preconceito pela cor,
À dor maior foram as palavras com medidas
Da ignorante ofensa racial.
À “consciência negra” hoje revertida
Na força de uma nova geração,
Canta o negro em seu sonho mais livre
Com o direito de ser um cidadão
Que luta por igualdade social.
Cesar Moura
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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