sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fado fingido

Fado fingido

Sigo o meu ego metido,
o elo perdido da minha razão.
Procurei o belo sentido...
Mas nunca encontrei a tal perfeição.
Sonhei com um castelo escondido
nas cordilheiras da tola ilusão.
Perdi-me na calada solidão,
nesta visão tão conturbada;
forte balada – meu fado fingido.
Foi no que me dei por conta de tanta ilusão!
Sei que não nasci pra rei...
Mas o que serei eu então, em minha própria grei?
Vale a fé na vida retida por apostasia.
Pelo bem que me quero,
vivo o meu bem querer – o mal me quer...
Se não vigio pra ver... Firo o meu ser,
e ainda me condeno à perdição.
Confronta então, o meu ego herói contra o seu lado bandido - o vilão.
Destituindo o apego a toda vaidade,
restando em mim apenas este vão...
Sigo o vazio!

Cesar Moura

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