terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Monodrama

Monodrama


Ah! Se tu soubesses das armadilhas
Que há em nosso viver,
São tantas às surpresas reservadas a nós
E que ainda nos farão sofrer
Perderia sentido a vida assim?
Contudo, me empenho para tentar dizer
Que não procuro no sucesso e riquezas
O melhor pra mim
Fosse deveras um simples reconhecimento...
E já seria feliz enfim.

Neste monodrama sonhei com a fama
Desejando sobre mim os holofotes do glamour
Porém, o fator do descaso por acaso, deixou-me assim
Descrente... Sei lá!
Lá se vai à vida em minha inércia
Na inconformidade desta estatura que não posso mudar
Configurado estou neste singular ser de meu avatar.

Quero crer que valeu tudo isto...
Que viver aquém da verdade, ainda que transitória
A notória verdade da qual não sou dono,
Mas às vezes faço uso dela
Sendo ela mesma a própria verdade altera-se com tempo
Vejo não existir verdade absoluta
Nem naquilo que luta entre a ciência e religião.

O grande fato que pesa agora
É que a vida às vezes não passa de uma breve ilusão.



Cesar Moura



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