quinta-feira, 6 de maio de 2010

Indelével

Indelével


Coração que arde em chama pela paz;
Voraz e indelével amor,
Voz que clama no deserto,
De certo rogo me envolveu na solidão.

Quem sou eu?
O álibi que caiu na foz da desaguada ingratidão,
Queria ver a santa profecia apregoada em real labor,
É sempre assim...
Viver da dor sempre causa contrição!

Somos parte de tudo isso,
Esta vaidade aqui vivida
É quase sempre uma maldição,
A paz que eu preciso nunca será dissuadida,
Pode ser tola a utopia da minha razão.

Sei que todas as minhas lagrimas vertidas
E caídas pelo chão,
Um dia brotarão flores em botão,
Pra enfeitar de branco a dura vida
E aliviar as feridas que doem no coração.

Reza toda a humildade,
Por haver nesta qualidade
A verdadeira redenção,
Voz que clama no deserto,
Indelével chama acesa na poesia,
Lá se vai o meu bordão;
Paz e amor na vida,
E alegria no coração.


Cesar Moura




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